Fez exatos cinco meses e dez dias que eu não público nada nesse blog, até mesmo porque os posts foram raros em 2012 por questões que não cabem e não interessam ser ditas aqui. O que interessa e me motivou a retornar a escrever é a confissão pública de Lance Armstrong, já especulada há dias, mas que tomou corpo apenas nesta quinta-feira.
Confesso que fui grande admirador de Lance, cheguei a acompanhar sua última conquista do Tour de France e acreditei nele até quase o fim, mas acabei me decepcionando como grande parte do mundo. Sorte a minha que nunca coloquei o ex-ciclista no meu hall de grandes inspirações, até porque não acompanhei tanto assim sua carreira.
O que esse sujeito fez foi um grande desserviço ao esporte, não só ao ciclismo. Armstrong é a maior fraude esportiva de todos os tempos (e digo isso com a esperança de que não seja superado), pois ele construiu uma aura vencedora, de superação e tudo mais forjada à base de mentiras. Para piorar tudo, ele não só negava, mas também colocava contra a parede todos que lhe faziam oposição.
Praticamente com tudo esclarecido e colocado nos seus devidos lugares , resumo esse escândalo em uma palavra: tristeza. E não fico triste com pena de Lance ou de todos os que foram trapaceados por ele (embora ele não ache que fez isso), mas fico triste pela decepção que é ver a que ponto alguém é capaz de chegar para se dar bem talvez nem entender a grande cagada que fez.
E aproveitando que Abraham Lincoln está na pauta, graças ao filme contando sua história indicado a sei lá quantos Oscars, vamos a uma celebre frase dita pelo ex-presidente norte-americano que cai como uma luva: “Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo”.
Parece que Lance Armstrong fugiu das aulas de história.